sexta-feira, 20 de outubro de 2017

FALTA “MATURIDADE” POLITICA!


O brasileiro certamente ainda não desenvolveu “maturidade” política. Maturidade aqui não deve ser entendida como um termo lógico e sim como um termo cronológico, isto é, não se trata de uma incapacidade de enfrentar a situação e sim da falta de um tempo de contato mínimo para que o jogo da política seja encarado como um mecanismo natural de sua execução.
Conchavos sempre existiram na política em todos os lugares do mundo. Isso faz parte do que se chama “fazer política”. O conflito entre os poderes não é um sintoma de anormalidade é sim uma necessidade para que cada um deles cumpra sua função real. O fato é que não estamos acostumados com as reviravoltas da política, com as suas tramoias e com seus representantes.
É essa falta de “maturidade” política a responsável por colocar o legislativo brasileiro em seus diversos níveis - as Assembléias, as Câmaras de Vereadores e o Congresso Nacional - em um nível de confiabilidade expressivamente negativo. A democracia ainda não é encarada pelo que ela se propõe a ser e sim pelo que ela tem demonstrado ser: um regime flexível onde predomina a instabilidade devido à manutenção de interesses conflitantes.
A erosão da política brasileira se deve a “juventude” de sua base posibilitadora, ou seja, seus eleitores. Estes sempre colocaram o país na dependência da probabilidade. A escolha dos candidatos ocorre ao acaso como um simples rolar de dados de um jogo de soma zero.
AUTOR
TIAGO R. CARVALHO

Nenhum comentário:

Postar um comentário